No segundo e último dia de cobertura do Digitalks 2023, a equipe da Bornlogic esteve presente em palestras importantes, mergulhando nas discussões sobre tópicos cruciais para o cenário atual e futuro do marketing.
Aprofundando-se nas apresentações sobre Inteligência Artificial Generativa, transformação digital e o panorama do marketing de conteúdo, a Bornlogic traz um resumo repleto de insights e tendências que moldarão o cenário do marketing nos próximos anos. Confira:
A palestra iniciou destacando a crescente curiosidade da população em relação à IA generativa. Com base em uma pesquisa realizada pela Shutterstock, 66% das pessoas desejam entender mais sobre essa tecnologia inovadora. A pesquisa também revelou que 78% dos entrevistados estão familiarizados com a IA generativa, sendo que 45% já começaram a utilizá-la em suas atividades.
A Shutterstock, plataforma criativa que oferece uma solução abrangente para o ciclo de criação, é pioneira em integrar a IA generativa em seu arsenal de ferramentas, que inclui conteúdo 3D, IA e música, entre outros.
A IA generativa é um segmento machine learning voltado para a criação de conteúdo novo. Ela opera em diversos modos, incluindo texto para texto, texto para imagem, imagem para imagem e muito mais. Durante a palestra, Guedes e
Vasques compartilharam insights sobre como essa tecnologia pode beneficiar profissionais de marketing e criação.
“Precisamos começar a tratar a IA como ferramenta”, afirma Vasques. Para ele, a IA generativa pode agir como uma fonte de inspiração, reduzindo o tempo e os recursos necessários para criar protótipos. Além disso, a IA também pode ser aplicada na fase de finalização, permitindo testes de conceitos e variações para otimizar o desempenho das peças publicitárias.
Os palestrantes abordaram a transformação proporcionada pela IA generativa em termos de modelo de trabalho, negócios e segurança. A Shutterstock construiu sua IA generativa através do conteúdo gerado pelos artistas da plataforma. “Nós licenciamos todo conteúdo que ajudou a IA a gerar novas imagens. Isso torna esse sucesso compartilhável: todos os clientes que usam esse conteúdo generativo criado pela IA se beneficiam com mais performance, mais alcance de marca”, explicou Victor.
A palestra concluiu destacando o próximo passo no caminho da IA generativa: o assistente de design de IA da Shutterstock. Essa inovação promete reduzir drasticamente o tempo necessário para tarefas de design, transformando um processo que antes demorava horas em uma questão de minutos.
Por fim, uma das questões centrais levantadas foi a preocupação com a substituição de empregos pela IA. Os palestrantes compartilharam uma visão otimista.
Vasques trouxe uma reflexão que fez no artigo “Robôs e Futuro – Parte 2: Um Panorama Histórico”, em que o economista e pesquisador da Universidade de Coimbra, Derick Almeida, afirma que “se por trás da sua ocupação existe um conjunto de tarefas previsíveis e que podem ser descritas por regras e etapas objetivas, existe aí grande chance de que um robô [ou inteligência artificial] a desempenhe no futuro.”
Ou seja, se a sua tarefa é operacional e “mecânica”, é muito provável que ela venha a ser substituída por uma IA.
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A palestra "Desafios & Oportunidades numa jornada de transformação digital", trouxe à luz a essência da transformação digital como um imperativo incontornável para as empresas modernas. Luiz Serafim, Ex-Diretor de Marca e Líder de Inovação na 3M, e Leonardo Ferreira, Gerente de Inovação na Faber-Castell, compartilharam visões e estratégias para enfrentar as complexidades e aproveitar as vantagens do cenário digital em constante evolução.
O advento da transformação digital permeou todas as facetas das empresas contemporâneas, marcando um ponto de inflexão irreversível. Serafim e Ferreira enfatizaram que as organizações não podem ignorar as mudanças drásticas que estão ocorrendo em ritmo acelerado, uma vez que a adaptação ou a estagnação podem determinar o sucesso ou fracasso.
A transformação digital se apresenta como um desafio multifacetado, mas também como uma janela de oportunidade para criar valor e se destacar no cenário de negócios em constante evolução.
Ferreira compartilhou a história fascinante da Faber-Castell, uma empresa que completou 260 anos e que continua a ser administrada por uma família, já na sua 9ª geração. A empresa evoluiu além do simples lápis, tornando-se uma força motriz na promoção da criatividade e educação.
“Entendemos que muito mais do que fazer lápis, estamos no mundo para desenvolver a criatividade das pessoas. Vemos a criatividade de uma forma mais ampla”, disse o gerente. Hoje a inovação é fator central na missão da Faber-Castell, resultando em diversos negócios relacionados com criatividade e educação.
Já Serafim compartilhou a jornada de inovação e transformação digital dentro da 3M. Ele descreveu como a cultura da empresa sempre estimulou a criatividade, o que levou a um histórico notável de pioneirismo tecnológico.
“Desde o uso inicial de notebooks em 1998 até a transformação digital em 2015, a 3M adotou uma abordagem sistêmica centrada nas pessoas. Essa mentalidade de aprendizado contínuo e colaboração é o alicerce sobre o qual a transformação digital da empresa foi construída”, explica o profissional..
No que diz respeito à criatividade e inovação em grandes organizações, Serafim enfatizou a importância de não ter um departamento isolado para isso. Em vez disso, ele destacou a necessidade de toda a empresa abraçar a inovação e a criatividade como agentes de mudança. Ele reforçou que a inovação é um veículo para criar valor, independente da área em que se atua.
Um dos aspectos centrais discutidos durante a palestra foram os três elementos fundamentais da transformação digital: a transformação do consumidor, a transformação dos processos internos da empresa e a exploração de novas oportunidades e novos negócios.
Ferreira compartilhou a importância de uma abordagem estruturada para a transformação digital na Faber-Castell. Ele explicou que a identificação de novas oportunidades de negócios exige tempo e preparação adequada.
“Temos área de produção de cosméticos para outras marcas, poucas pessoas sabem. O tempo inteiro estamos identificando oportunidades, conversando com pessoas, descobrindo novas dores que podemos apoiar. Temos estruturação de pessoas e processos que precisam estar alinhados para conseguirmos identificar novos negócios de maneira inteligente”, comenta.
Em sua palestra, Fernando Viberti, fundador da Conteúdo Online, trouxe à tona uma análise profunda sobre o cenário do marketing de conteúdo no contexto digital brasileiro. Com insights valiosos e números surpreendentes, a palestra abordou o poderoso crescimento desse nicho e as abordagens que as empresas estão adotando para navegar por este ambiente em constante evolução.
O executivo ressaltou a importância de realizar pesquisas sobre marketing de conteúdo, especialmente considerando o impacto financeiro. Segundo dados apresentados, o tamanho estimado do mercado de marketing de conteúdo atingirá incríveis US$ 584,02 bilhões até 2027, representando um crescimento exponencial de quase 200 bilhões de dólares entre 2024 e 2027.
Viberti apresentou dados da pesquisa inovadora sobre o Panorama de Marketing de Conteúdo, conduzida pela Anamid (Associação Nacional do Mercado da Indústria Digital). O relatório destacou que 83% das empresas entrevistadas afirmaram estar utilizando Inteligência Artificial (IA) nos últimos 12 meses para várias finalidades, como sugestão, pesquisa e produção de conteúdo.
Surpreendentemente, apenas 10% afirmaram ter uma estratégia muito estruturada para o marketing de conteúdo, apesar de 64% terem sua estratégia documentada. Além disso, 46% das empresas declararam um aumento no orçamento para marketing de conteúdo em 2023.
A pesquisa também abordou as estratégias e desafios enfrentados pelas empresas no campo do marketing de conteúdo. A maioria dos entrevistados apontaram 2 principais desafios do marketing de conteúdo para o próximo ano:
No entanto, a pesquisa revelou que os formatos de conteúdo mais bem-sucedidos nos últimos 12 meses foram posts curtos para mídias sociais, artigos para sites/blogs e vídeos.
Entre as métricas mais utilizadas para medir o desempenho do conteúdo são:
LinkedIn e Instagram dividem a primeira posição como plataforma de mídia social que obtiveram os melhores resultados.
Os resultados da pesquisa também trouxeram à tona as metas que as empresas estão buscando por meio do marketing de conteúdo. Construção de credibilidade da marca, geração de demanda e leads, criação de conscientização da marca e educação do público-alvo foram algumas das principais metas mencionadas.
Em relação ao futuro, a pesquisa apontou para um aumento de orçamento em formatos específicos, como vídeos, eventos e mídia paga. Isso destaca o reconhecimento da eficácia desses formatos para alcançar as metas de marketing.
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