A 8ª edição do Latam Retail Expo foi um verdadeiro sucesso! Com muito networking, relacionamentos valiosos e conteúdos enriquecedores, este evento se destaca como uma oportunidade imperdível no mundo do varejo.
A seguir, você confere a cobertura da Bornlogic sobre o último dia do congresso, que aconteceu nesta quinta-feira, dia 21.
A palestra "Branding Digital: Impulsionando o Futuro" no Latam Retail Show 2023 trouxe insights valiosos sobre como as marcas podem construir sua identidade digital.
À medida que as empresas adotam estratégias que combinam propósito, sustentabilidade e personalização, elas podem criar um impacto duradouro e conquistar a preferência do consumidor em um mercado cada vez mais competitivo.
Rodrigo Dantas e Friedrich Santana, Sócios da Proteína Digital, abriram a palestra destacando a importância do propósito na construção de uma marca.
De acordo com dados de uma pesquisa da Accenture, 83% dos brasileiros preferem marcas com propósito. Além disso, 19% dos consumidores se importam com o impacto ambiental das marcas. Isso destaca a necessidade de que as empresas alinhem seus valores e missões com as preocupações dos consumidores.
Manuela Perri, Marketing & Communication Manager LATAM na Bayer, compartilhou informações cruciais sobre como as mudanças climáticas representam desafios significativos. Estimativas indicam uma redução de 17% no rendimento das colheitas até 2050 e a necessidade de alimentar 2,2 bilhões de novas pessoas no mundo até a mesma data.
Para enfrentar esses desafios, a indústria e os governos estão pressionando por ações sustentáveis, desde a redução de emissões até práticas agrícolas mais responsáveis.
Para isso a Bayer tem o projeto PRO Carbono, que se concentra em sequestrar mais carbono no solo enquanto aumenta a produtividade no campo. Esse projeto envolve práticas conservacionistas e intensificadas, consultoria em manejo sustentável e o compromisso de redução de emissões.
Com mais de 2.000 produtores envolvidos, o projeto tem mostrado resultados positivos, não apenas em termos de sustentabilidade, mas também em marketing, com um aumento de 71% no número de matérias e um valor de equivalência publicitária (AVE) de 82%.
A transparência e a colaboração com parceiros foram fundamentais para transmitir o propósito da marca. O compromisso com a sustentabilidade se tornou uma missão construída em conjunto.
Flávia Drummond, Diretora de Marketing, Growth e CX na Pague Menos, compartilhou a jornada do cliente na segunda maior rede de farmácias do Brasil. A empresa se transformou em um "Hub Saúde" durante a pandemia, oferecendo mais de 60 serviços, incluindo exames rápidos e teleinterconsultas.
Além disso, a Pague Menos adotou estratégias de marketing de comunidade, aproveitando influenciadores e squads para atender às diversas necessidades dos clientes.
A segmentação transacional e soluções de CRM personalizadas também têm sido fundamentais para impulsionar a fidelização do cliente. Segundo a Diretora de Marketing, dentro dessas segmentações (skincare, cuidados crônicos, etc), a Pague Menos trabalha com squads e comunidades que ajudam na conversão e são filiados que fazem parte do social commerce e geradores de conteúdo.
“Temos variedade de produtos que o consumidor tem dúvidas de como usar, quando a marca fala é diferente de quando é um formador de opinião. Dessa forma, usufruímos de grupos segmentados”, explica Flávia.
A inovação na Decathlon está focada em resolver as necessidades dos usuários, criando produtos duráveis e sustentáveis. A empresa também trabalha em parceria com ONGs para promover o esporte e tem como objetivo tornar 100% de seu portfólio ecodesign até 2025.
Liana Kerikian, Diretora de Marketing e Comunicação na Decathlon Brasil, enfatizou o compromisso da empresa com o esporte para todos e a sustentabilidade.
A marca está se preparando para as Olimpíadas de 2024, na França, contando as histórias por trás da marca e patrocinando atletas olímpicos. A empresa também mantém seu compromisso com produtos sustentáveis e o bem-estar das comunidades
A palestra, liderada por Quentin Humphrey, Head of Client Engagement no WGSN, revelou dois dos oito perfis de consumidores-chave que devemos conhecer em 2023 e como as marcas podem cativar esses públicos em meio à crise.
O recente aumento do custo de vida está dividindo o público consumidor. O impacto psicológico da recessão, compras com fundo emocional e a busca por conveniência irão moldar os padrões de consumo ao longo do próximo ano, trazendo consigo novas noções de fidelidade e sustentabilidade.
Após quase três anos de mudanças desencadeadas pela pandemia, chegou a hora dos consumidores enfrentarem a inflação e a redução de renda.
Muitos irão adotar um estilo de vida mais frugal e sustentável, enquanto outros irão pedir ajuda das marcas para economizar e controlar gastos. A conveniência continuará a ser uma das prioridades dos consumidores sobrecarregados, assim como a confiança e o comprometimento.
Segundo o Relatório de Riscos Globais 2022 elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, a maioria dos consumidores (61%) estão preocupados com o futuro do planeta, enquanto 23% deles dizem se sentir aflitos com a perspectiva global.
A ansiedade também vem crescendo entre os consumidores, com estimativas sugerindo que o mercado global de tratamento de ansiedade e depressão irá movimentar US$ 10,3 bilhões até 2027.
Em 2023, as compras com motivação emocional irão aumentar à medida que o público busca aplacar suas emoções (sejam elas positivas, negativas ou complexas) através do consumo, priorizando pequenos luxos e relações mais íntimas com as marcas. Com a volta do varejo físico, os consumidores irão buscar lojas que unem os mundos real e digital através de experiências figitais imersivas.
A familiaridade e a consistência serão fundamentais, e os consumidores irão esperar mais acesso e intimidade das marcas que eles amam. Eles também irão exigir que as marcas vão além do discurso sustentável tradicional, analisando o impacto de sua atuação dentro do seu quadro de funcionários, nas comunidades locais e na área dos direitos humanos.
Os adeptos dos pagamentos flexíveis buscam marcas que ofereçam opções de pagamento acessíveis e automatizadas. Esses consumidores ajustaram seus gastos à economia devido ao aumento do custo de vida. Com a priorização das necessidades básicas, eles buscam descontos em produtos essenciais e frequentam atacadistas. Métodos de pagamento flexíveis são um diferencial para esse grupo, que procura economizar e recompensas para fechar as contas.
Derivados dos acionistas de 2022, os fãs das marcas buscam um relacionamento íntimo com as marcas que amam. Eles estão dispostos a pagar mais por produtos de suas marcas favoritas e valorizam a consistência e a previsibilidade. A fidelidade a marcas está em alta, e esses consumidores querem sentir-se parte de uma comunidade. A exclusividade e o acesso antecipado a produtos são atrativos fundamentais para eles.
Para Humphrey, os varejistas precisam entender os diferentes perfis de consumidores e adaptar suas estratégias para atender às necessidades específicas de cada grupo.
A busca por conveniência, a fidelidade às marcas, a sustentabilidade e a busca por experiências phygitais imersivas são tendências que irão moldar o varejo. As marcas que souberem se adaptar a essas mudanças e estabelecer relacionamentos íntimos com seus consumidores serão as que prosperarão no cenário atual do varejo.
A palestra, liderada por Thaise Hagge, Fundadora e Managing Director da Compra Agora, e Marcelo Marques, CFO, Co-Fundador e Membro do Conselho da Mobly, trouxe à tona insights valiosos sobre como os negócios digitais estão remodelando o cenário do varejo e influenciando o comportamento do consumidor.
Marcelo Marques, CFO e Co-Fundador da Mobly, compartilhou a jornada de sucesso da empresa, que se concentra no varejo de móveis e bens domésticos na América Latina. Fundada em 2011, a Mobly alcançou um crescimento sólido em um mercado vasto, tornando-se líder em sua categoria.
O segredo do sucesso da Mobly reside em seu modelo de negócios imbatível e na plataforma de tecnologia e dados "state-of-the-art" que impulsiona suas operações.
Marques destacou a importância de considerar a tecnologia e a digitalização em seu negócio, especialmente após a pandemia da COVID-19. A crise acelerou a penetração do e-commerce e mudou os hábitos do consumidor, favorecendo as empresas digitalizadas.
O executivo descreveu os quatro pilares essenciais da estratégia da Mobly:
Uma parte fundamental da estratégia da Mobly é a presença de lojas físicas, que a empresa chama de "Phygital". Essas lojas oferecem melhorias na experiência do consumidor, disponibilizando o sortimento online nas lojas físicas. Surpreendentemente, 80% das vendas realizadas nessas lojas são finalizadas na plataforma online.
Além disso, 40% da receita da Mobly provém de produtos que não estão expostos nas lojas físicas. Isso permite que os clientes experimentem compras autônomas, enquanto a empresa coleta uma riqueza de dados, incluindo tráfego e fluxo de consumidores, por meio de WiFi e QR Codes.
A Mobly também adotou uma abordagem diversificada com diferentes tipos de lojas, como Megastores, Outlets e Mobly Zip. Isso não apenas fortalece a marca, mas também aumenta o engajamento do consumidor e oferece produtos com margens atrativas.
Thaise Hagge, Fundadora e Managing Director da Compra Agora, compartilhou uma perspectiva única sobre a digitalização do varejo independente. A Compra Agora oferece um ecossistema de serviços digitais para o varejo independente, reduzindo distâncias geográficas e melhorando a eficiência operacional.
Um dos principais pontos destacados por Thaise foi a necessidade de superar as distâncias físicas que afetam o varejo independente. No vasto território da América Latina, existem mais de 530 mil pontos de venda independentes, espalhados por mais de 8 milhões de quilômetros quadrados. Essa vasta extensão geográfica pode criar obstáculos significativos para a entrega eficiente de produtos e serviços.
O varejo independente enfrenta vários desafios, incluindo:
O que torna a Compra Agora um ator tão impactante no varejo independente é seu compromisso com a digitalização. A empresa está comprometida em superar as barreiras geográficas e conectar varejistas, indústrias e distribuidores por meio de um ecossistema de serviços digitais.
A empresa oferece uma plataforma que aborda as necessidades de todos os stakeholders envolvidos, desde varejistas até indústrias e distribuidores. Essa colaboração é essencial para superar os desafios enfrentados pelo varejo independente.
Ambos os palestrantes destacaram a importância da integração da cadeia de valor no varejo independente. A tecnologia desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo que varejistas, indústrias e distribuidores trabalhem em conjunto de maneira mais eficiente.
E essa foi mais uma cobertura da Bornlogic de um dos principais eventos do varejo. Gostou? Compartilhe com mais pessoas!
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