Recentemente, o Facebook compartilhou duas informações importantíssimas. A primeira veio no artigo Shedding More Light on How Instagram Works (em inglês, link nos comentários): eles se pronunciaram — pela primeira vez, vale dizer — sobre a lógica por trás dos algoritmos do Instagram. Trata-se de uma iniciativa bastante esperada, porque sempre houve confusão nos debates a respeito. E muita coisa na base do “chutômetro”.
A outra informação foi o anúncio feito por Mark Zuckerberg de novas funcionalidades nas redes da empresa, como lojas no WhatsApp e Marketplace, Anúncios de Lojas e Busca Visual do Instagram. São novidades que tendem a impactar fortemente os negócios, e por isso gostaria de comentar alguns pontos que considero relevantes.
Em primeiro lugar, o algoritmo. No artigo publicado no blog do Instagram, a empresa desmistifica a ideia de que exista apenas um algoritmo. Cada parte do aplicativo — Feed, Explore e Reels — usa seu próprio algoritmo feito sob medida para a forma como as pessoas usam essas funcionalidades. Depois, eles explicam como funcionam esses algoritmos. Ou seja, como funciona o rankeamento dos conteúdos. Esse é o momento de qualquer empresa precisa ficar de orelha em pé. O primeiro passo é definir o conjunto de coisas que eles planejam colocar no primeiro lugar. No Feed e nos Stories, isso é relativamente simples: são todas as postagens recentes de pessoas que seguimos. Existem algumas exceções, como anúncios, mas a imensa maioria do que vemos é conteúdo compartilhado por quem acompanhamos.
Depois, eles coletam todas as informações sobre o que foi postado, a pessoa ou empresa que fez a publicação e as nossas preferências. O Facebook chama isso de “sinais”, e existem milhares deles. Isso inclui tudo, desde o momento em que o post foi feito até o dispositivo que usamos (smartphones ou computadores) para vê-lo, além, claro, das nossas curtidas. E aqui chegamos em um ponto crucial que quero destacar: os “sinais” mais importantes, de acordo com o próprio Facebook. Pela ordem, são os seguintes:
Informação sobre o post: sinais tanto sobre a popularidade do conteúdo (número de curtidas) como outras informações mais corriqueiras, do tipo quando foi postado, o tamanho (se for um vídeo), e qual a localidade marcada;
Informações sobre a pessoa/empresa que postou: isso ajuda o Facebook a ter uma ideia do quão interessante a pessoa/empresa pode ser para nós. Aí incluem-se sinais como quantas vezes as pessoas interagiram com quem postou nas últimas semanas.
A nossa atividade na rede: isso ajuda o Facebook a entender o que pode nos interessar. Aí temos sinais do tipo quantas postagens curtimos, por exemplo.
Nosso histórico de interação com uma pessoa ou uma empresa: isso mostra o quão interessados estamos, no geral, em ver postagens de alguém em particular. Um exemplo disso é o quanto comentamos (ou não) nas postagens dessas pessoas/empresas.
A área de “Explore”, desenvolvida para que os usuários descubram novas coisas (é bem importante para empresas), segue um padrão semelhante. Mas aqui, a base é a predição — encontrar conteúdo pelos quais podemos nos interessar, com base nos sinais mencionados acima. Depois, ocorre o rankeamento desses conteúdos, considerando-se o quanto você pode se interessar por eles (sempre seguindo os sinais).
Toda essa explicação nos leva a duas conclusões: mais do que nunca, postar com regularidade e sempre estimular o engajamento são imprescindíveis para um bom desempenho nas redes. O Facebook está de olho em quantos segundos as pessoas ficam diante de uma postagem, quantas a curtem, comentam, clicam na foto de perfil para conhecer mais. São esses indicativos que resultarão nas predições do algoritmo, que podem favorecer muito o seu rankeamento.
Já as funcionalidades anunciadas por Mark Zuckerberg também foram uma novidade e tanto. De acordo com ele, o Facebook vai fazer com que fique cada vez mais fácil comprar coisas enquanto navegamos pelas redes. Já existem o Instagram Shops e o Marketplace do Facebook; a principal notícia é que o WhatsApp vai se juntar a essas funcionalidade. É a funcionalidade “Shops” (Lojas) no WhatsApp, e, a princípio, funcionará da seguinte forma: quando as pessoas virem uma loja no aplicativo, poderão interagir e conversar com ela antes de comprar qualquer coisa. Outra importante novidade mencionada por Zuckerberg foi a atualização do WhatsApp Business, que reduz o prazo de abertura de uma conta corporativa de semanas (como acontecia antes) para minutos.
Tudo isso mostra que estamos num caminho sem volta: as principais redes sociais tornam-se cada vez mais “business friendly”, e abrem caminhos para que empresas fortaleçam suas presenças no ambiente online.
Mas isso precisa ser feito com consistência e planejamento, de forma conectada com o offline. No caso do varejo e diversos outros setores, é um desafio e tanto: mas nós estamos aqui para ajudar você a superá-lo, focando sempre na transformação digital do seu vendedor. Contate-nos e saiba como.